Uma Páscoa
Dia nublado pouca luz
Café de ontem mesmo.
Pra que um novo?
Padaria fechada
Ninguém!
Olho retratos do que me foi família.
Não sei se vale o riso ou o choro
Lembrando as marcas dos pés do coelho
Feitos com a mão fechada e farinha, no piso da casa.
Acordava meus filhos
Dia de sol, café novinho.
Ovos escondidos no jardim.
E ali corriam na alegria do encanto
Dos ovos encontrarem em qualquer canto
Na pergunta “pai? quente ou frio?”
Eu brincava com o alegre não saber do agora.
Hoje ?
Ninguém!
Jaak Bosmans 12-04-09