AS MENINAS
Nas gavetas de velhas cômodas
retratos com cheiro de tempo
olhares tão fixos, atentos...
As meninas olhavam e nem viam!
Seus olhos apenas acordavam
naquela década distante
e nela se fecharam pra sempre!
Cresci espiando a velha cômoda
querendo entender do jeito
quer era morrer assim
quase criança,
como sumir pra sempre e
virar fotografia de gaveta?
E após tanto tempo, tantas viradas,
me surpreendo ao encontrar
de repente esses olhos sérios e atentos
e então percebo que nunca morreram,
estão bem vivas ,
quando as reconheço
como velhas companheiras
de muitas tardes de convivência,
um segredo só meu e delas,
silêncio na hora da sesta,
minhas mãos sorrateiras na velha gaveta,
eternidade em alma de criança;
eu com elas, brincando de sonhar...
Nas gavetas de velhas cômodas
retratos com cheiro de tempo
olhares tão fixos, atentos...
As meninas olhavam e nem viam!
Seus olhos apenas acordavam
naquela década distante
e nela se fecharam pra sempre!
Cresci espiando a velha cômoda
querendo entender do jeito
quer era morrer assim
quase criança,
como sumir pra sempre e
virar fotografia de gaveta?
E após tanto tempo, tantas viradas,
me surpreendo ao encontrar
de repente esses olhos sérios e atentos
e então percebo que nunca morreram,
estão bem vivas ,
quando as reconheço
como velhas companheiras
de muitas tardes de convivência,
um segredo só meu e delas,
silêncio na hora da sesta,
minhas mãos sorrateiras na velha gaveta,
eternidade em alma de criança;
eu com elas, brincando de sonhar...