A CARTA DO VELHO POETA
Eu tinha os meus poucos anos
Olhos de intenção e amor
Noites de calor e ardor
Dias a correr comigo
Eu, meus sonhos e meu umbigo
Louco a varrer perigos
Nas janelas de meus olhos
Passaram tantos assombros
Tantos rostos juvenis
Minha boca a jorrar versos febris
Minhas mãos a suplicar em ardis
Poucos convencimentos
Muitos sentimentos
E eu pescava ilusão em cardumes
Catava na noite fria, vaga-lumes
Pra iluminar meu lume
Caçava mariposas incandescentes
Pra esquentar as camas ardentes
Ou aplacar o frio da solidão pungente
Eram tantos em mim, que fui em todos
Guardei a todos, nos álbuns de minha mente
Hoje tenho meus poucos anos a frente
Mas muitos contos atrás
Para me embalar e ninar meu sono eterno
Que sei, não tarda a chegar
Deixo molhada esta carta
Não com lagrimas de tristeza
Nem de abandono
Mas ornadas de gloria
E satisfação
Obrigado vida.
Eu tinha os meus poucos anos
Olhos de intenção e amor
Noites de calor e ardor
Dias a correr comigo
Eu, meus sonhos e meu umbigo
Louco a varrer perigos
Nas janelas de meus olhos
Passaram tantos assombros
Tantos rostos juvenis
Minha boca a jorrar versos febris
Minhas mãos a suplicar em ardis
Poucos convencimentos
Muitos sentimentos
E eu pescava ilusão em cardumes
Catava na noite fria, vaga-lumes
Pra iluminar meu lume
Caçava mariposas incandescentes
Pra esquentar as camas ardentes
Ou aplacar o frio da solidão pungente
Eram tantos em mim, que fui em todos
Guardei a todos, nos álbuns de minha mente
Hoje tenho meus poucos anos a frente
Mas muitos contos atrás
Para me embalar e ninar meu sono eterno
Que sei, não tarda a chegar
Deixo molhada esta carta
Não com lagrimas de tristeza
Nem de abandono
Mas ornadas de gloria
E satisfação
Obrigado vida.