FOI UM SONHO...
Entre as brumas a vi e estavas formosa
Como d’um vergel a mais suntuosa rosa
Por um lapso, atônito, não pude crer
Toda a ledice do mundo envolvia meu ser
Como poderia viver uma vida já vivida,
Como poderia o presente emaranhar-se ao passado
Querida, olhos ternos, deu-me guarida
Da vida, sofrida, por contrapartida recebi o legado
Tudo era tão real, um majestoso momento
Enleios de um humilde coração ferido,
Sofrido, infracto, pelo tempo esquecido
Meu primeiro madrigal, amores ao vento
Tudo era blindado de muita candura
Um regato d’água límpida e pura,
Que corre em direção ao pélago, e não volta mais,
Levando meu az, se foi, sem o último Adeus,
Acordei! Era um sonho, trazendo sonhos meus.