CASTELOS
Castelo de areia... Construí
Com ingênua esperança
Nas promessas ditas por ti.
No teu olhar embevecida,
Na doce meiguice que vi
Penetrei nas alas escondidas.
Passo a passo andei
Ao meu lado os teus
No teu ombro recostei.
Ouvi um som melodioso
Se propagar pelo ar
Num enlevo mavioso.
Seguraste minha mão
Envolvida no mistério que existia
Entreguei-me com sofreguidão.
Do coração meu
Num compasso constante
Fazendo eco no teu.
Ao ti ver partir
Pouco a pouco no teu silêncio...
Vi meu castelo cair.
Belém, 17/06/02 – 16h38.