No tempo em que a infância brincava sem medos
Nesse tempo em extinção...
Mas que em algum lugar ainda existe
Os medos da infância eram
Do bicho papão
Do Papa-figo
E do lobisomem
Não havia terror real
E toda criança podia brincar feliz
No tempo eterno e passageiro da meninice
E a seguir falarei
Das brincadeiras e brinquedos
Que predominavam no meio masculino
Pois em outro texto já relatei
Esse mundo feminino...
Os meninos naquele tempo
A violência não conheciam
Ou pelo menos estavam distantes dela
Só brincavam de encenar
O dia a dia dos adultos do seu convívio
E lá chegavam trazendo muita magia
O cavalo de pau
As pernas de pau
A roladeira de lata com arame
O carro de lata de sardinha
A peteca de palha de milho
O jogo de pião no terreiro
O jogo com bola de meia
As amarelinhas no chão ou na calçada
O jogo da velha riscado no chão
As bilocas de sementes ou de vidro
As pernas de pau
Os aros de pneus que eram conduzidos
Como se fossem carros
As brincadeiras noturnas
De bandeirinhas e tica
A contagem de histórias
As adivinhações
As quadrinhas populares
A brincadeira de passar o anel
E de cair no poço
As delícias de nadar no rio
Subir nas árvores
E outras que nem lembro mais
Tinha também, certas brincadeiras
Que eram de utilidade doméstica
Enquanto um meio de sobrevivência
Mas nenhuma criança, era explorada
A baladeira pra matar passarinho
E o ato de fazer gaiolas para prendê-los
Ações que naquela época
Eram inocentes e necessárias
E ainda, se deliciavam pescando piabas
Com anzol ou com litro e farinha
Assim, nos braços de um mundo mágico
Sem nenhuma pressa
Pela infância os meninos passavam
E em homens bons se transformavam...
***
Fátima Alves - Poetisa da Caatinga
Natal, 19.02.2010
Texto publicado no meu livro "Retratos Sentimentais da Vida na Caatinga"
Edição do autor - 2010
Imagem do Google
Nesse tempo em extinção...
Mas que em algum lugar ainda existe
Os medos da infância eram
Do bicho papão
Do Papa-figo
E do lobisomem
Não havia terror real
E toda criança podia brincar feliz
No tempo eterno e passageiro da meninice
E a seguir falarei
Das brincadeiras e brinquedos
Que predominavam no meio masculino
Pois em outro texto já relatei
Esse mundo feminino...
Os meninos naquele tempo
A violência não conheciam
Ou pelo menos estavam distantes dela
Só brincavam de encenar
O dia a dia dos adultos do seu convívio
E lá chegavam trazendo muita magia
O cavalo de pau
As pernas de pau
A roladeira de lata com arame
O carro de lata de sardinha
A peteca de palha de milho
O jogo de pião no terreiro
O jogo com bola de meia
As amarelinhas no chão ou na calçada
O jogo da velha riscado no chão
As bilocas de sementes ou de vidro
As pernas de pau
Os aros de pneus que eram conduzidos
Como se fossem carros
As brincadeiras noturnas
De bandeirinhas e tica
A contagem de histórias
As adivinhações
As quadrinhas populares
A brincadeira de passar o anel
E de cair no poço
As delícias de nadar no rio
Subir nas árvores
E outras que nem lembro mais
Tinha também, certas brincadeiras
Que eram de utilidade doméstica
Enquanto um meio de sobrevivência
Mas nenhuma criança, era explorada
A baladeira pra matar passarinho
E o ato de fazer gaiolas para prendê-los
Ações que naquela época
Eram inocentes e necessárias
E ainda, se deliciavam pescando piabas
Com anzol ou com litro e farinha
Assim, nos braços de um mundo mágico
Sem nenhuma pressa
Pela infância os meninos passavam
E em homens bons se transformavam...
***
Fátima Alves - Poetisa da Caatinga
Natal, 19.02.2010
Texto publicado no meu livro "Retratos Sentimentais da Vida na Caatinga"
Edição do autor - 2010
Imagem do Google