O tempo certo das coisas
Dentro da sala, sentada numa cadeira de madeira antiga
Uma mulher serenamente olha uma foto
Tinham fugido de seus olhos tantas lembranças!
Um jardim florido em tons azuis uma criança de grandes olhos
Cabelos em tranças semblante de mocinha crescendo
A cerca do jardim feita pelas mãos do pai
Não se via o cachorro aos pés da menina, mas sabia-se estar lá
Os sapatinhos com pingos de água deixavam ver a luz do sol
Perto do jardim na janela ampla uma cortina branca
As pequenas mãos tocavam uma das flores
E o perfume enchia a o ar secretamente
É noite de luar e a luz incide nos olhos da anciã
Nas faces enrugadas uma das mãos colhe a lágrima
_É assim a vida;_ murmura_ cada coisa no tempo certo!