INFÂNCIA
Quem me dera agora vêr
Com meu olhar de criança,
Da vida nada entender,
Na inocência da infância.
Fazia mil travessuras,
Sem saber o que era certo,
Minha vida era segura,
Com meus pais ali por perto.
Olhar puro, até divino,
Pés descalços pelo chão,
E do riso cristalino,
Só restou recordação.
Nada tinha pra pensar,
Meus pais pensavam por mim,
Sempre alegre a brincar,
Minha infância foi assim.
Como num sopro passou,
A minha infância querida,
Da menina, o que restou?
Retalhos daquela vida.
Quem dera o tempo voltar,
Menina e ficar assim,
Pois hoje, se eu não pensar,
Ninguém vai pensar por mim.