Tempos Passados
Chega a noite e vem a lua
Me falar do que já sei,
Me lembrar do quanto amei,
Me contar coisas passadas
Que ficaram na estrada
E que não mais encontrei.
E recordo minha infância
E amores fulminantes
Que no tempo, tão distantes,
Ficaram na ilusão
De um triste coração
Que já não ama como antes.
Daí, me bate uma saudade
Das ilusórias amarguras
Das antigas desventuras,
Que em minha vida, já passadas,
Nunca foram reencontradas,
Nem transpostas nas loucuras.
Quanto mais tempo recordo,
Mais ainda sinto doer
Meu peito e sem perceber
Me faço, outra vez, criança
E me encho de esperanças
De feliz, como outrora, ser!