!... FECHEI A PORTA...!

Pronto...! Agora já me esgotei do meu íntimo ser
Vou fechar a porta devagar e apagar a luz, e sair
Para a luz da liberdade que me chama prá viver...!
Não quero mais chorar do passado as amarguras
Nem rever e reviver meus momentos de ternuras
Que ao teu lado passei, mas que o tempo ingrato
Se incumbiu de apagar da tua lembrança a aliança
Que fizestes de me amar até que a morte nos separe...!
O que fizestes de ti...? Não compreendo! Enquanto ri
Num esgar que se vê o fundo da tu´alma envelhecida
Pelas rugas das maldades que me fazes...! És feliz...?
Não acredito...! Mesmo sorrindo aparentando convencida
Que a razão está contigo e que o castigo é meu lenitivo...!
Como se fosse até possível encontrar alívio no sofrimento
Quando a nossa alma se entrega de tal forma que deforma
A vontade de viver e se anula o “eu” de modo tão definitivo
Como eu fiz para viver tua vida e só me trouxe o tormento
De amar sem ter a recompensa...! É correr atrás do vento!
Mas agora chega...! Já fechei a porta e vou jogar a chave
No meio do mar, aonde até o luar nunca chegue lá dentro...!