NOS TEMPOS DA CALÇA LEE
Tempo do vinil e da vitrola
E a gente ouvindo Pholhas e Bee Gees
Fim de semana, o bailinho, a seresta
E a moçada exibindo a calça Lee
Tempo em que ainda havia flerte
E a gente só beijava escondido
Uma pétala de rosa ofertada
Era tesouro entre as folhas de um livro
Tempo em que o amor era romântico
E a gente enrubescia sem querer
Enrubescer hoje é palavra em desuso
Muitos nem sabem o que ela quer dizer
Tempo em que havia galanteio
E a gente esperava cortesia
Damas à frente, por favor, fique à vontade
A reverência, a gentileza, a simpatia
Tempo em que o auge era cinema
E a gente ia lá chorar à-toa
Tantas lembranças vão passando neste filme
Tantas saudades quando o pensamento voa...
Grata à Salete pela preciosa interação
No passado, rosto a rosto;/ Cuba-libre ou guaraná.../ Eu dancei muito e com gosto!/ Em dois- pra lá, dois- pra cá./ Tudo findou de repente./ Por desencanto, bem sei./ E digo sinceramente;/ De lá, pra cá, eu dancei!/// Maria Salete