O Náufrago
Ah! Quando me lembrei de minha terra...
Naquele dia em que subi à serra —
A contemplar o ‘splendor...
Vi o farol iluminando as marés,
A vagar do pequeno belvedere —
Atrás d’um navegador.
Me lembro ainda — uma luta cerrada,
Para encontrar u’a canoa virada... —
Que ‘stava lá no fundo!
Barcos e mais barcos chegavam ao porto,
P’ra retirar um homem — semimorto —
Já quase moribundo!
Quando o tiraram, enfim, daquelas águas...
Os bombeiros e os salva-vidas — sem tréguas,
P’ra salvar o remador!
Já não respirava naturalmente... —
Levaram-no ao convés — tão urgente —
Num barco d’um pescador...
Após tirá-lo — co’aquela catraia...
A multidão invadiu toda a praia —
No meio da procela.
O náufrago ‘stava tão molemente... —
Bebera tanta água!... Mas, contente —
Ao ver o barco à vela!