Pasto encantado
E neste pasto caminho!
Como quando criança, ainda sinto descalço,
Pulando sobre os cupinzeiros.
Avisto Maria! Com seu vestido de chita,
Saltitando em minha direção,
Seu olhar sacudia-me, coração...
Neste corredor de verdes gramas,
Vejo o velho palanque de aru era,
Inerte sustentando a porteira,
neste ainda tem uma gravura!
No roçado ao lado, meu pai capina e opina...
Em qual chuva, semear semente.
E com pisados fortes, xereta e bambu puxam o carro!
Seu Zé neguinho, quem os conduz!
- Menino neste pasto tem cobra, vá pra casa.
Então me viro e vejo o grande casarão,
Pintado de marrom pela poeira da estrada.
Mamãe cantarolando, varre as folhas no imenso quintal,
Logo esticará as roupas no varal, mas antes, limpara seus fios.
Campo largo, pasto verde, em que fui criança!
Aqui volto a ser criança e revivo, dias felizes...
Quando quero um presente, volto a ti, pasto!
.............”Catarino Salvador “.