MARCAS DO DESTINO

Marcas do tempo passado,

Trago-as como peregrino

Desde longe, longes tempos.

São as marcas do destino!

Sinalam meu corpo e alma.

E nem sequer são saudosos,

Certos momentos vividos,

Difíceis e caprichosos.

Teu amor, esta harmonia,

Meu tempo suavizou.

Mas algum, nós o perdemos,

E por isso me marcou.

Não foi possível deter

Esse tempo incontrolável,

Breve, quando era feliz,

Longo, quando insuportável.

As marcas comigo vivem

Neste instante, a recordar,

Não creio seja exp'riência,

Nem algo pra vos legar.

Servem, contudo, acredito,

Prò Senhor me receber,

Concedendo-me o perdão

No momento em que eu morrer.

Lisboa, 24.04.06

Maria da Fonseca
Enviado por Maria da Fonseca em 18/07/2006
Código do texto: T196675