Tempestade

Atravez da janela, os raios riscam o céu;

E a tempestade avança, fazendo da tarde, noite;

As árvores fustigadas pelo vento, na chuva parece que dançam;

Parecem ébrias, retorcem e gemem;

Os trovões estrondam, ribombam, fazendo a terra tremer.

E a água escorrendo, pela vidraça embassada;

Como lágrimas num rosto triste.

Aqui dentro tudo está quieto;

O tempo parou prá chuva passar;

Só a névoa fina e fria, que entra pelo vão das telhas;

E convida prá dormir e sonhar, em lençóis perfumados

Até a chuva passar!

E o chuá da chuva;

A me embalar!

Depois tudo se aquieta;

E acordo no silêncio, com o trinar de um passarinho;

E um raio de sol, que entra bem de mansinho;

Através da janela, para me avisar;

Que o tempo estiou, a chuva passou!

A tempestade se foi;

E o sol voltou!

Madaja Dibithi
Enviado por Madaja Dibithi em 24/11/2009
Reeditado em 07/11/2010
Código do texto: T1942003
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