Telegrama Íntimo
Postei um telegrama para o meu íntimo,
Pedi-me que recordasse devaneios de outrora...
Que trouxesse-me à baila o sonho que não pereceu
Para que no instante presente eu seguisse pelas estradas afora...
Os devaneios estavam camuflados num nicho da memória,
Prontos para serem resgatados quando quiser,
Eu prontamente os vislumbrei, sem demora
E os revivi intensamente num lugar qualquer.
A lembrança passou-os atormentada
Pelos delírios estonteantes da juventude
Que me massageavam de forma emocionada...
Senti os arrepios da minha inquietude
Ao rememorar aventuras pelo tempo consumadas
E que me acariciavam o ego em total plenitude!