Nem ética, nem estética, nem fado
A norma
A estanquicidade política da norma e
A derrota da paisagem…
Assobios lívidos, lípidos de lábios.
Natividade insolente melancólica
Em fim de Novembro, vertical.
Nada tem ternura, candura, alacridade.
Aparentemente!
A ti, minha filha, de 17 anos feitos
Candidata a dominar a pátria língua
Á míngua de palavras com um til
E de jeitos de poema em catarata.
Nesse recanto de Braga que não estimas
Incertezas, no entanto, as futuras
Esconjuras, em tomos também d’Eça.
E animas domésticas avarezas.
Não procures nestas linhas qualquer ritmo
Nem ética, nem estética, nem fado
Do lado que te escrevo é o coração
Rima, talvez, sem intenção estática.
Novembro, 1998
A norma
A estanquicidade política da norma e
A derrota da paisagem…
Assobios lívidos, lípidos de lábios.
Natividade insolente melancólica
Em fim de Novembro, vertical.
Nada tem ternura, candura, alacridade.
Aparentemente!
A ti, minha filha, de 17 anos feitos
Candidata a dominar a pátria língua
Á míngua de palavras com um til
E de jeitos de poema em catarata.
Nesse recanto de Braga que não estimas
Incertezas, no entanto, as futuras
Esconjuras, em tomos também d’Eça.
E animas domésticas avarezas.
Não procures nestas linhas qualquer ritmo
Nem ética, nem estética, nem fado
Do lado que te escrevo é o coração
Rima, talvez, sem intenção estática.
Novembro, 1998