TARDE DE SOLIDÃO


Como o rufar de longicuos tambores,
como se olhasse, embranquiçando as flores,
é assim que vejo e sinto meu entardecer....
Os distantes picos, vão perdendo seu azulado,
tornando negros, como parte de meu passado,
tão diferentes de mim,eles verão um amanhecer.

Minhas paisagens,á tempos foram interrompidas,
já estão mortas, sem cores, como desfalecidas,
tudo escuro, não existe mais um clarão...
Não estou mais lamentando, foi se embora,
já faz parte de minha vida,e não é de agora,
que frequenta minha alma...a escuridão...

No entanto, fico olhando e nunca me canso,
o que quero e busco na vida, sei que não alcanço,
as cores, a vida, a alegria, tudo a solidão leva...
Sou como uma flor, que está murchando no campo,
sou da noite, o mais solitário pirilampo,
que está acostumado, a viver com a treva...

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 01/10/2009
Código do texto: T1842611
Classificação de conteúdo: seguro