PRAÇA DA SAUDADE
Estou na praça da saudade,
sentada no banco das lembranças
embaixo da árvore da recordação.
Nesta praça,
sentada com as lembranças,
vendo as folhas da recordação caindo
sinto também que lágrimas
caem pelo meu rosto
e na boca me vem o amargo do desgosto.
No peito o coração sumindo
tentando se esconder
para junto comigo não sofrer.
O banco das lembranças
me aconchega, faz-me inerte.
Inércia que não acontece com a árvore
que solta folhas cada vez mais e mais.
As lágrimas continuam.
O desgosto, seu sabor salienta.
O coração sem poder fugir
aquieta-se fingindo que está dormindo.
Despeço-me das lembranças
afastando as folhas para os lados.
As lágrimas já se foram,
o coração parece acordado
e a praça, alheia a tudo
nem se importa que eu deixe
mais um pouco de saudade ali .