Rio dos meus sonhos,
por onde me banhei
nas tuas areias, brinquei.
Visão atônita dos olhos meus,
por onde passei sempre te busquei.
Águas límpidas, e tortuosas,
rasgando os sertões,
Cheio de encantos, e mistérios,
De sonhos, amores e ilusão.
De tão longe vens a mim,
Quando vou lecionar,
meu olhar por ti, se perde
parece o mesmo lugar.
Os mesmos pássaros de outrora,
O cardeal, juriti e o sabiá.
Os cantos em mim ecoam
em revoadas voam,
talvez voltem para lá.
Nasce no sertão da Bahia.
Na serra dos macacos
percorre um incerto traçado,
por entre cortes rasgado.
desagua em Sergipe
trazendo nostalgia,
típico, temporário e perene,
fazendo romaria.