Imagem Disforme
Em minhas tempestades oníricas,
Busquei tua imagem mais uma vez,
Senti indelével arrepio na espinha
E minha incurável ilusão se desfez.
Meus devaneios são efêmeros,
Vão e vêm assim de repente...
São náufragos que vivem à deriva,
Sempre censurados em minha mente.
Nas madrugadas frias e desertas
Permeiam fantasias de teor profundo,
Mas logo se dissipam ao sabor do orvalho
Conotações indiferentes a este mundo.
Meus pensamentos são alegorias
Produzidos no tear da emoção,
São adereços plenamente incompletos,
Vazios e inconvenientes ao coração.
Tua fotografia está muito distante,
Está perdida no fel da nostalgia...
Não consigo retratar um só instante
Teu semblante que foi meu um dia!