Imagem Disforme

Em minhas tempestades oníricas,

Busquei tua imagem mais uma vez,

Senti indelével arrepio na espinha

E minha incurável ilusão se desfez.

Meus devaneios são efêmeros,

Vão e vêm assim de repente...

São náufragos que vivem à deriva,

Sempre censurados em minha mente.

Nas madrugadas frias e desertas

Permeiam fantasias de teor profundo,

Mas logo se dissipam ao sabor do orvalho

Conotações indiferentes a este mundo.

Meus pensamentos são alegorias

Produzidos no tear da emoção,

São adereços plenamente incompletos,

Vazios e inconvenientes ao coração.

Tua fotografia está muito distante,

Está perdida no fel da nostalgia...

Não consigo retratar um só instante

Teu semblante que foi meu um dia!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 26/08/2009
Código do texto: T1774989
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