Olhar para o passado
Observar o passado olho para cima!
Eis o passado trágico perante a Lua divina!
De escuridão tão profunda, de beleza ignota.
Que sua imensidão difunda em mim, oh beleza morta.
Um sentimento de nostalgia e prazer em minha obra.
Difunda em mim a trágica saudade, oh beleza morta!
Para lembrar e dilacerar,
meu desgraçado ser em vão.
Observo-te em convexa visão,
e vejo, diante do passado, tamanha solidão.
Diante desse lamento, eis uma ode a ti.
Doce decadência que é sofrer em vão.
Minha dor se torna prazer,
por ti, beleza morta,
ressuscita memória do que um dia fui a ser.