Vento Corso
Nas ruínas da memória
Salteiam lembranças saudosas
Um tempo já tarde agora
No relógio
Tic - Tac, Tic - Tac...
Sem remorso
Tenho medo!
Pois o sopro, outrora aiolo, hoje bóreas
De outono em popa singra a vida
A naufragar
No inverno da partida
Tal qual ponteiro insano
Gira, gira
Mas, lúcido se vê
Nunca saiu do mesmo lugar