Se arrependimento matasse
Final de tarde sentado na areia
Lembrava-me das lindas noites
Que era possível confundir seus olhos
Com o brilho das estrelas
E o som do mar me recitava poemas de amor
Tentando expressar algo que aqui
Calado fica,
Fazia-me calar quando queria falar,
Pelo simples fato de admirar o quão
Bela era, e pelo nome...
Que se consagra por deus,
Quem sabe se não eis?
Se fores, tirá-la-ei de seus braços
Lembro-me ate hoje, como estúpido e ingênuo,
Não reparei na ironia do destino abrir as portas
E perguntar:
Entre o amor, ou a eternidade do seu
Arrependimento.
Qual ficará?
Arrependido do ser sem ser,
Do amar sem o seu amor,
E com o coração apertado
Ele preferiu a razão da infelicidade,
Sabendo que só traria angustia.
Iria ter de fingir ser mais feliz para
Esconder nessa mascara seu sorriso profundo
Que trás apenas uma palavra:
Isabela