IMAGINE

Na rua descalça

ao cair da tarde

um menino.

Imagine

num canto do mundo,

o sol no horizonte,

limites.

Imagine

olhos,

silêncio,

idéias ininterruptas

gestos e lágrimas.

Imagine

o translado de exauridos corpos,

o vazio da exaustão corpórea

à conformação do asfalto.

Imagine-se.

Imagine-me.