SENHORA DO TEMPO


Vai estrada...
Poeira afora,
Buscando caminhos...
Novos horizontes.
Escondendo lá trás dos montes,
Vá buscar notícias d'aquela senhora,
Senhora que mudou pra longe,
Senhora que mora distante,
Distante do mundo,
Distante dos sonhos.
Mas deixou saudades...
Deixou amantes.
E na formosura,
Mulher bela e faceira,
Conquistou muitos amores
Levando uma vida brejeira.
O tempo passou...
E as marcas do tempo não tem piedade
Passa como um furacão,
Arrancando sonhos,
Deixando ilusões
Levando beleza,
Deixando decepção,
Tirando do lindo rosto a pele lisa,
Deixando as rugas como acalanto.
E ela triste no seu canto
Guarda as lembranças
De um tempo que se finda,
Como a poeira que se perde no vento.


IMAGEM:blog.gilbertorodrigues.com


SEBASTIÃO ANTÔNIO DE MELO