...Retorno...
Nunca se esquecerá dos flocos de inverno
E do cachecol vermelho de quem ficou só na lembrança...
Nem dos copos que andam para as mesas dos clientes
E das caixas que registram notas.
Das pizzas que caminham para a esquina daquela com a outra,
“Mas agora é hora do coffe break
10 minutos de cochilo no banco de trás do carro
Antes da próxima entrega”.
Uma vida de milagres,
Muito mais para quem ficou distante.
Sempre por um propósito virtuoso,
Mas todos têm que se divertir de vez em quando.
Nunca se esquecerá daquelas águas
Verdes como os olhos da moça na praia havaiana
Daquele céu azul de nuvens brancas
Que desenham figuras ao fim de tarde.
Mas quando a saudade fez de doer
Soube...
Era hora de voltar!
Na perna o símbolo do que nunca poderá ser deixado pra trás
O lugar que faz os olhos serenarem
Se lembrar
[e sempre irá lembrar]
Do que te fez voltar.
Vontade de sentir o calor do sol que brilha
Na janela de quem te quer bem, mesmo distante.
Café fresquinho na manhã
Cheirinho gostoso do conhecido.
Do outro céu azul de nuvens brancas
Que desenham figuras ao fim de tarde
Das águas salgadas e da areia branquinha do lugar que ainda não conhece
No lado nordeste do País...
E das luzes da cidade pequena
Onde vivem as pessoas que você ama.
Da magia daquele abraço cotidiano
Daquele beijo na testa
Do calor...
De todos os “thanks” que disse
“Thank you, America” é o que deixará mais saudades
Se voltará algum dia? Quem sabe...?
Mas sei para onde sempre irá voltar:
Para Sua Terra, sempre...
...Cami-Gi...
Gama-DF, 28 de julho de 2009.
Ps. Para o surpreendente e cativante Diego Costa, que me inspirou a escrever esse texto por meio de suas historias e aventuras nos EUA, e para quem o dedico com muito carinho.