A NATÃ (Homenagem póstuma)
Viajante solitário,
Num barco sem rumo,
Em noite de tempestade.
No escuro,
Não percebemos
Que tua nave afundava,
Não te socorremos a tempo.
Contigo morreram muitas esperanças
Dos pais, dos irmãos,
Dos amigos que cativaste.
Sem ti ficamos mais pobres
De incentivo, de afeto,
De sinceridade e de ternura.
Espero encontrar-te um dia,
Num porto seguro,
Num barco majestoso
Com orquestra de violinos, harpas e flautas,
O nosso tempo será então infinito
Para lermos os mais belos poemas
E as histórias dos mais extraordinários personagens .