SINA DO SERTÃO
SINA DO SERTÃO
Eu nasci lá na caatinga
Sina triste do meu sertão
Onde o sol dita a sorte
É a nossa única estação
Meu avô tomava pinga
A bebida da queimação
Desce, amarga e forte
Essa é bebida da ilusão
Meu tio dizia que binga!
Isso lá era um palavrão
Soado se algum corte
Atingia o pé ou a mão
Lá na seca nada vinga
E se ganha pouco tostão
O único lucro é a morte
E só vinga a indignação