Campos lá da minha infância
Nos campos lá da minha infância
Onde eu corria livre, ainda
De toda a maldade, com esperança
De ter a fé por toda a vida,
Eu via o verde que o mundo é
Por foto, o azul que é de cima
As flores me pareciam regadas a mel
Quando, às manhã, era neblina,
Nos campos lá da minha infância
Q'eu cavalgava e cantava ainda
As músicas de roda! E que lembrança,
Muitas nem mais são hoje ouvidas,
Ouvia estórias das mais belas
De amor, terror, felicidade
Ainda que em nenhuma delas
Se ouvia do caos dessa idade,
Se eu fosse pintor com talento
Eu mostraria a minha esperança
De ter, ainda em um momento
Os campos lá da minha infância.