Infância

Não serei saudosista, ou remeterei o leitor a Aluísio de Azevedo.

Apenas quero dividir minha impressão da infância, fase de absoluta segurança.

Não saberia descrever a sensação de conformidade com o tempo ou a indiferença com o mesmo, apenas penso que quando criança o tempo se dividia: em antes e depois das férias.

Lembro também como bolhas de sabão pareciam produções cinematográficas...

...rememoro ainda de marcenaria com meu pai...

...para construir espadas, armas...

...e que essa era a única violência que conhecia.

Admito uma infância privilegiada de caçula e “temporão”.

E gostaria não de voltar à infância, mas de reproduzi-la em expressões e sentimentos aos que tenho à minha volta.

Um único sorriso sincero, ingênuo e aberto poderia retornar de imediato o primeiro instante que brincamos com o mar...

furiosos a desafiá-lo com mãos cheias de areia por destruir nosso castelo.

Vinícius Vanir Venturini
Enviado por Vinícius Vanir Venturini em 26/06/2009
Código do texto: T1667732
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