Infância
Não serei saudosista, ou remeterei o leitor a Aluísio de Azevedo.
Apenas quero dividir minha impressão da infância, fase de absoluta segurança.
Não saberia descrever a sensação de conformidade com o tempo ou a indiferença com o mesmo, apenas penso que quando criança o tempo se dividia: em antes e depois das férias.
Lembro também como bolhas de sabão pareciam produções cinematográficas...
...rememoro ainda de marcenaria com meu pai...
...para construir espadas, armas...
...e que essa era a única violência que conhecia.
Admito uma infância privilegiada de caçula e “temporão”.
E gostaria não de voltar à infância, mas de reproduzi-la em expressões e sentimentos aos que tenho à minha volta.
Um único sorriso sincero, ingênuo e aberto poderia retornar de imediato o primeiro instante que brincamos com o mar...
furiosos a desafiá-lo com mãos cheias de areia por destruir nosso castelo.