MATERNA SAUDADE
Um certo Verão quente tão distante
na fresca sombra de uma ameixoeira
eu tão feliz por estar à tua beira
tu sorrindo p’ ra mim eterna amante.
Comias daqueles frutos qu’ adiante
te pusera o teu filho à maneira
tão doirados com’ a tua cabeleira
qu’ eu sorrindo amaciava delirante.
O mundo éramos nós, apenas nós,
tu, contando as estórias dos avós,
e eu p’ ra ti olhando enternecido…
Minha querida mãe na Eternidade,
onde moras bem junto da Saudade,
não me deixes jamais desprotegido!
Frassino Machado
In JANELAS DA ALMA