Uma Lagrima
Nem mais uma lagrima cairá sobre estes olhos antes entristecidos
Meu grande amor devotado a ti, hoje, se resumi a pena, dó, clemência.
Entrastes na minha vida como lavas d’um vulcão, de súbito e a destruir tudo
E, como chamas enfurecidas, me deixou em pó, poeira, restos de cinzas...
Cinza d’uma ilusão, d’um desejo, d’um amor que não soube amar.
Só lamento por ti, que é promiscua e perdulária até no amor
Este que esbanjas, esnobas, faz mofa e ridiculariza reduzindo-o a nada.
Logo este que me fez chorar, até confesso! Mas não espero isso de ti!
E lamento, lamento com verdade, o pranto seco e escravo de tua alma.
Essa alma inerme, egocêntrica e ignota na circense arte de amar
Redescobrir minha a alegria, vi meu riso nebuloso após descobri você
Não mais lastimo por mim, não merece minhas lagrimas e...
Como jamais pensei, isso me deixa saltitante, feliz, risonho!
Sua maldade e desamor, até que, ironicamente, me fez bem.
Sarou a dependência e mostrou que pra ter felicidade é preciso amor-próprio.