MINHA INFÂNCIA
Ah! minha infância querida,
Em que momento da vida,
Marcaste encontro comigo?
Infância dos meus sonhos de menina,
Que por vezes, era amável em outras traquina,
Mas sempre feliz e de bem com a vida!
Infância dos meus sonhos coloridos,
Das pedrinhas que faziam sentido,
Quando cada uma tinha o seu nome.
Infância, das brincadeiras inocentes,
Que até as pequeninas sementes,
Eram nossas amigas com nome de gente.
As folhas verdes, amarelas, coloridas,
Eram trocadas e tratadas como moeda,
Comprando sonhos e ilusões, hoje perdidas.
Como eram lindos aqueles castelos,
Que fazíamos sentados naquela areia,
Onde o canto da sereia se fazia tão belo!
Com os pés descalço, abríamos nossos braços,
Querendo com o vento voar, feito passarinho,
Fugindo do seu ninho, tentando as nuvens alcançar!
Ah! infância, como pode me deixar?
Se hoje, estivesse ainda comigo,
Juro que te daria o melhor abrigo,
E, jamais te deixaria embarcar.