O que já se foi

Por que agora?

Será que o tempo perdoou

A lembrança que passou?

O vazio que se atirou

Não foi culpa do “eu” agora

Mas do “eu” antes

Que se atirou e que não conseguiu se encontrar

Ele foi perdendo

Foi se escondendo

No obscuro da incerteza

No absurdo da dúvida

E de lá nada ficou

Pois dele, tudo levou:

As conquistas, o orgulho... o tudo

E que talvez não fosse nada.