O Elo

Elo

Me ausento na presença dos dias

Que guardados se guardam em ti

Como forma ignóbil de mim

Em objeção à prata frágil;

Quero que recordes dos dias

Que chuvosos ranharam o céu

Em prantos de fogo castanho

Que tingiram Saturno de vermelho...

Não deixes morrer no mar da forma

A pureza insensata dos elos

Que entrelaçam a matéria fálica

Em formas tetra-temporais;

E guarde a essência fria

Dos contos que as estradas fadaram

À lembrança incauta do toque

Que jamais se deu ao teu pescoço.

R Duccini
Enviado por R Duccini em 03/06/2009
Reeditado em 19/06/2009
Código do texto: T1630599