Vou batê um bolo
Fazia tempo, não ia à casa da minha tia de coração.
Quando abriu a porta e me viu, abriu um largo sorriso.
Seu abraço me envolveu todo o corpo de pura emoção.
Parecia estar protegido e querido por aquela obesa senhora.
Encheu-me de beijos e perguntou por todos.
Me levou pra cozinha, me fez comer,
e de habitual disse:
sente-se aqui enquanto eu bato um bolo,
aquele bolo que você tanto gosta.
Nem vi o tempo passa com tanta prosa.
Depois um café bem quentinho,
e com aquele pedacinho de bolo,
Nossa ! parecia algo do Deuses,
tanta singeleza, mas tão família.
Fui embora levando sua abenção
e a certeza de estar renovado
e a vontade de voltar sempre.