O FRIO DE MAIO!!!
NA BAGUNÇA DO MEU QUARTO EU ME PERCO, PROCURO NÃO ACHO, OLHO NÃO VEJO.
NO CANTO DA SALA, O VELHO APARELHO DE SOM, SOBRE ELE UM VINIL. NO CHÃO CINZAS DE CIGARROS, DENOTAM MAIS UMA NOITE DE DESESPERO E DESESPERANÇAS VIL.
PELA JANELA, O CLARÃO DA LUA, OUSA ENTRAR NA EMBRIAGANTE ESCURIDÃO QUE ME ENCONTRO.
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COMPONHO VERSOS SOLITÁRIOS, DE UM POETA QUE NÃO QUER SER TAXADO DE LOUCO, NEM TAMPOUCO SER INCOMPREENDIDO.
É MAIO, O FRIO TÍPICO DESSES DIAS, PROVOCA EM MIM UMA SINERGIA, NÃO ME CANSO DE COMPOR VERSOS, DE FAZER POESIA.
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OUSO PASSOS LÁ FORA, NA MINHA CABEÇA, LEMBRANÇAS OPACAS DO DIA VÃO-SE EMBORA. NO TRANSE COMPLETO, COMPLEXO NÃO OUÇO A TV LIGADA.
A VOZ ROUCA DE ALGUÉM, TENTANDO TER MINHA ATENÇÃO, ME FAZ VOLTAR AO CHÃO.
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DE VOLTA A MIM, ACENDO UM CIGARRO, OLHA A MINHA VOLTA, TUDO ME REVOLTA, VEJO O CHÃO, PARECE QUE FOI LIMPO.
MAS LOGO MAIS UMA CINZA CAIRÁ NO CHÃO... PINTARÁ O QUADRO, O PREÂMBULO DE IMAGENS E FATOS.
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VOLTO AO QUARTO, DEITO E SONHO COM ALGUÉM QUE NÃO VEJO HÁ ANOS. NÃO SEI, SERÁ QUE ESTÁ VIVO? OU SERÁ QUE ESTÁ MORTO?
TALVEZ ESTEJA POR AI, A CAMINHO DE SUA CASA, NA MADRUGADA FRIA DE MAIO, DE UMA CIDADE QUALQUER, FINCADA NO MEIO DO CERRADO.