O POETA DA INFANCIA

Sumiram os anjos que entre as nuvens eu via,
pois descobri que só existiram numa poesia,
de uma distante infancia que o tempo já levou.
Hoje vejo, estou sentindo na alma agora,
e sei, são fantasias de um poeta quando chora,
são antigas lembranças, que o tempo não matou...

Soam suas palavras nos meus ouvidos ainda,
quando fitando me dizia que a vida era linda,
e que cultivasse sempre a bondade no coração.
Acho que aquele poeta, queria de mim esconder,
os espinhos da vida,que encontraria em meu viver,
e nunca me disse o que seria uma recordação...

Talvez sofrendo, os seus olhos muito choraram,
aquele poeta se foi, e muitos anos se passaram,
nada aconteceu, do que me disse o trovador...
Ainda lembro dele, em silenciosas madrugadas,
mesmo quando estou em minhas perdidas baladas,
como queria que soubesse, que não encontrei o amor...
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 06/05/2009
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