Relacionamento

O coração sangra.

No fim do que parecia contínuo;

E a carne perde a carne que saboreava,

Nas luas e nuas noites de transpiração e inspiração.

Nas longas manhãs, das longas despedidas.

E no fim,

O adeus sem fim,

Relatado às noites no papel,

Que sangra e chora na grafia da mensagem que jorra da alma;

Na música que preenche os dias e as loucas horas de agonia.

E do caos,

Da destruição,

O que não poderia ser

Surge em expressões aparentemente descontínuas,

Puras, mais que pura, é a própria dor transfigurada, contorcida, mas iluminada pela poesia.

Do sangue a tinta,

Da carne o papel,

Do coração a inspiração

E nos traços a explosão de sentimentos;

E o destino não entende em que tempo foi o tempo da cura, se a cura é cura ou se há cura.

Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 02/05/2009
Código do texto: T1570988
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.