Tão bela flor
Tão bela flor,
Que no mar de lama se ergue,
Deslumbrando os olhares incrédulos desta possibilidade,
Seu perfume destoa do odor que envolve seu lar;
Na lama permanece,
Solitária flor,
Sem amor.
No cacto uma flor,
Envolta de espinhos cresce,
Embeleza um mundo que a esquece,
Pequena flor.
Menino sapeca,
Filho da sociedade,
Que não o acolhe,
Menino chora,
Não demora,
Devora a mão que não o alimenta.
Afunda-se na lama, flor,
Sucumbe a dor e espinhos,
Transforma-se menino em planta daninha,
Seu pior inimigo.