Chovia forte e eu corria

Era tarde,
Chovia forte e o vento fazia com que as arvores
Tremulassem a sua vontade,
As feras e as bestas estavam soltas no parque,
Refletiam-se nas tantas pedras e arranjos de flores,
Assustadora noite,
Corria enquanto a chuva caia,
Para o deleite das tantas plantas e tantos bicos secos
Que pendurados nas arvores aguardavam o fim da melodia
Da água que caia
E eu corria,
Com os pés molhados, vezes mergulhados na lama que surgia,
Amedrontado corria,
Ladeando um muro que de tão hediondo grunhia
E corria
E corria
Para aonde?
Não sabia
Sabia-se
Apenas corria,
Para chegar
Em qualquer lugar
Aonde seco dormia.
Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 28/04/2009
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