A amiga de meu amigo
Eram quatro ou cinco
Quando contigo sonhei,
Não me importa o tanto que olhei
pasmei com o sorriso destemido
de alguém que nunca amei,
que nunca cheirei.
Como uma estátua
que gira para o deleite de quem olha
e entende o quanto importa existir
tão bela arte a iluminar as nossas faces,
a trazer prazer para este canto,
que sonha atingir
um encanto
uma voz em pranto
precisando de amor,
necessitando de calor,
um beijo
para satisfazer um desejo.
Eram quatro ou cinco
quando contigo sonhei
rolei pela cama
sem encontrar a minha dama
sem me ver em ti
naquele drama
procurei consolo
em um garrafa de vinho
no mais escuro momento
tormento
para o meu lamento
veria a ti em outro dia
bela em seu talento
arte.