PORTO DA PAZ

PORTO DA PAZ

SIGO O MEU BARCO RIO A FORA

FUSQUE FUSQUE ROMPENDO A AURORA

NO SILÊNCIO DE MINHA VIDA

TRANQUILO NO MAS SÓ NO ASSOBIU

CONTORNANDO AS CURVAS DO RIO

NUMA VIAGEM SEM SAÍDA

OS PENSANENTOS ME ENTORPESSEM

APRECIANDO AS ÁRVORES QUE CRESSEM

E VENDO QUE TUDO É BELEZA

NO COMPASSO DOS MEUS REMOS

EU ATINJO OS EXTREMOS

ME EMBRENHANDO NA NATUREZA

MINHA BARCA NÃO ATRASA

SE O TRECHO FOR DE ÁGUA RAZA

EU MANEJO O BOTADOR

JOGO NÁGUA O ESPIEL

TENTEANDO A PINGA COM MEL

ENTRA EM AÇÃO O PESCADOR

SE É DE NOITE OU DE DIA

VOU RESPIRANDO ALEGRIA

NUM CLIMA DE LIBERDADE

AI QUE RIO MAIS CAUDALOSO

E QUE AMBIENTE MAIS GOSTOSO

ISSO É QUE É FELICIDADE

NAS MARETAS DA ILUSÃO

O CHOC CHOC DA EMBARCAÇÃO

VOU SEGUINDO O MEU DESTINO

SEM AMBIÇÃO OU GANÂNCIA

DE VOLTA PRA MINHA INFÂNCIA

AOS MEUS TEMPOS DE MENINO

SIGO ESQUECENDO AS MÁGUAS

O SAVEIRO CORTANDO AS ÁGUAS

SEGUINDO EM DIREÇÃO AO MAR

PROCURANDO UMA SAÍDA

PARA QUE ACHE AO FIM DA VIDA

O PORTO DA PAZ PARA ANCORAR.

ESCRITO EM :18/04/2009 POR

VAINER DE ÁVILA

Vainer de AVILA
Enviado por Vainer de AVILA em 19/04/2009
Código do texto: T1548454
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