TRENZINHO FELIZ
No meu distante passado
Um trenzinho trafegava devagar
Pelos internos das minhas íris
Apitando e fumegando...
Falo de um trem estranho,
Desenhado colorido nos livrinhos infantis
E que desenganam direitinho os guris!
Mostram-se como uma geringonça velha
Que nem existe mais a sacolejar
Por qualquer trilho que seja desta Terra!
Esta composição, porém, tem o seu valor
Pois é o trem dos meus sonhos pueris
Onde as locomotivas, como plumas, saiam voando,
Transportando toda a gente que quisesse ir
Para os confins deste universo sem fim...
Era esse velho e anacrônico trem que corria em mim...
Hoje, nem trem mais pego, só, às vezes, o metrô
Sendo assim, apesar deste ainda sacolejar,
Esteja eu em pé ou sentado, nem mais saio do lugar...