MEU CADERNO DO PRIMÁRIO
Abri um armário antigo
E despencou lá de cima
Um meu caderno do primário...
Ah, como fiquei curioso!
Folheei-o de cabo a rabo
Buscando nele algo
Que pudesse recuperar
Uma lembrança, um resquício
Do “eu” criança da minha infância...
Eis que em linhas tortas e azuis
Descobri, olha o absurdo,
De forma mais clara que o dia
O sutil traçado de uma caneta azulada
Moldando uma existência eterna, iluminada
Que aos poucos involuiu, diminuiu
E por fim redundou nesta figura
Que hoje sou...