UM PRESSENTIDO ADEUS!

UM PRESSENTIDO ADEUS!

Neuza Maria Spínola

Hoje, quando olho para trás e me lembro

Do nosso último e pressentido adeus,

Sinto um aperto, pois naquele momento,

Olhei nos teus olhos, como lamento,

E vi que simplesmente baixaste os teus.

Tudo volta ao pensamento lentamente,

Não tiveste aquela saudade constante,

Não seguraste a minha mão novamente,

E o telefone nunca mais me estremeceu.

Ruíram-se sonhos como paredes que desabam,

E juntos, choros e mágoas se sucederam;

Aquele nó de agonia que tanta coisa impediu,

Por mais que tentasse, nem gritar permitiu!

O silêncio sussurrava como as ondas de um mar bravio,

Batendo forte, causando triste arrepio;

Carregou tudo, e como a onda, que se enrola no mar,

Fui embora, para nunca mais voltar!

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