O VELHO SOL...
Onde está aquela árvore majestosa
Que dava a todos boas sombras
E escondia-me dentre suas folhas
Dos amarelos raios do sol?
Lembro bem...
Respirava os ares da infância,
Tempos de luzes inocentes
Difundidas ao espaço com alegria
Por um astro-rei resplandecente...
Hoje tudo é proibido
O velho sol é o novo veneno
Deste cansado presente
Bafejando
Seus raios doentes
A impingir aos seres
Não mais serem...
Aquela árvore dadivosa, frondosa
Desafiando os ares
Está morta...
Ainda fincada à terra
Frangalhos só em galhos
Jaz em pé,
Como uma esfinge
A perguntar aos transeuntes
Quem será o culpado
Por esta nossa estada estranha
Neste planeta em mudanças
O sol, o vegetal morto ou minha infância?