Foto: Abello

MEUS LIMITES

Dali não passaria! Heróis, somente
Só até bem próximo às margens
Das barrancas indo à garimpagem
Desde que me ergui me apontavam: lá!
Do outro lado ficavam todos aqueles
Que do outro lado olhavam para cá!

Formidáveis barreiras que formavam
As corredeiras da emborcação
Bovinos se aventuravam
Perdidos por pouco, perdidos por muito
Avante, se caídos no remanso remavam
Voltar pra que, então
Se seriam resgatados no próximo verão?

Do outro lado Araújos-Bretas
Daqui os Machados-Cunhas-Vale
Caminhos se cruzavam dos malfazejos
Dos de cá com os de lá, os mesmos
Macabras empreitadas sem limites
Tudo resolvido no bom calibre
Podia-se contemplar ao longe
Estrago da tromba dágua na montanha
Limitado, ali não estive nunca
A não ser que nos sonhos de criança
Não viajasse até a bem-perto-tão-distante
Do outro lado ao lugar chamado
Fazenda Boa Esperança!

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Cruz. Velho-Brasília , 27/03/09 - abello