Os olhares duvidam do inevitável

Os olhares duvidam do inevitável...

A vela que resiste ao tufão da vontade de sonhar, de viver

Eu juro que não quero deixar apagar!

Restauro as memórias frescas nas teclas de meu computador,

Bebo o vinho da reflexão eterna, por desocupado estar.

Não fumo, a garganta não agüenta mais...

O sol aparece e dormir se torna tarefa cada vez mais rara.

Olho em volta de mim mesmo, e fica tão fácil perceber tamanha

Impotência diante da situação mais uma vez.

Não tenho mais 15, 18 ou 28,

Estou com trinta enormes problemas de identidade e falta de caridade...

Talvez auto-piedade?

No coração a bandeira do estigma; Solidão!

Arranquei então o diabo de lá,

Pensei em caminhos distantes e destinos,

O destino de meu caminho.

O carinho da partida, o jogo do inesperado...

Não perdi a fé, acredito em tudo.

Acredito no meu jeito incorreto pro mundo todo,

E reto pra minha vontade.

As pessoas se encontram porque passam umas pelas outras,

Não posso ficar parado, também sei...

Vou mais uma vez,

easy rider sem moto, andarilho, kamikase em catarse,

entrar na multidão, pois,

sem perceber bato palmas às velhas canções que tocam nos supermercados...

e com a força da alma magoada, decolo.

Continuo uma pessoa diferente.